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Sopro das Trevas

domingo, 8 de janeiro de 2012.


A morte bate a porta dos meus sonhos todos os dias
Sinto seus dedos frios me tocar
E o sopro do seu chamado em meus ouvidos
Convidando-me para com ela partir
Os meus pesadelos eternos
Dizem-me sempre
Qual o caminho certo a seguir.

Minhas lágrimas sanguíneas
Minhas gotas divinas
De sangue derramado
Doce e desejado.
Minha vida morta
Minha vitória sem glória
Meus pensamentos que vivem
Em função da morte e do passado.

Espera constante
Por um pesadelo distante
Que nunca chega próximo da realidade
Que sempre negam as verdades
Escondidas na pedra de gelo
Que tenho no lugar do coração
Que nunca sonham por mim
Que deixam que eu chore assim
Que nunca me dão perdão.

Gritos abafados
No silêncio da noite
Na véspera da morte
Que vem do sul, do norte;
De um inferno em chamas
De uma glória infâmia
De viver e ao mesmo tempo morrer
Gritos que soam como suspiros
Que suspiram esperando e desejando
Um sopro que venha das trevas,
A morte digna pela qual se espera.


Daniely Melo

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